O tempo fechou em Guaraí no início da tarde desta terça-feira, 18 de novembro, ao ponto do dia virar noite. Apesar do cenário, não foi o volume de chuva que chamou atenção, já que ele foi pequeno, mas sim a enorme quantidade de raios que caíram dentro de um intervalo de 40 minutos. Foram mais de 3,3 mil descargas, segundo dados da concessionária Energisa, algo bem atípico.
Desse total registrado, ainda conforme a energisa monitorou, 946 raios atingiram o solo e 2.369 ocorreram dentro das nuvens, sendo que a maior parte das descargas foi registrada justamente no início da tarde e ficaram concentradas na zona urbana da cidade. Trata-se de um fenômeno atípico, principalmente se levarmos em conta o fato de o perímetro urbano local ser relativamente pequeno.
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O pedreiro Wagno Ferreira Braga registrou um dos raios que rasgaram o céu de Guaraí nesta terça, 18.
O pedreiro Wagno Ferreira Braga chegou a registrar uma destas descargas. Ele conta que quase deixou o celular cair no chão na hora e todos que estavam com ele se assustaram com a sequência de descargas impressionantes. “Foram muitas descargas seguidas, uma atrás da outra, a gente logo se abrigou, pois estava muito intenso. Os raios parecem que estavam caindo pertinho”, destacou.
Ao longo deste ano, ainda conforme os registros da Energisa, o Tocantins já registra 3.947.389 descargas atmosféricas, e deste total, mais de 700 mil ocorreram somente em novembro. Os dias 1, 3 e 10 deste mês se destacaram por registrarem mais de 100 mil descargas atmosféricas cada um, quantitativo que ultrapassa a média histórica, período que vem sendo observado desde 2019.
Foto: Energisa
Mapa de monitoramento divulgado pela Energisa mostra a quantidade de raios fora do comum registrada em Guaraí nesta terça, 18.
E por que isso acontece?
Isso acontece devido ao acúmulo de calor e umidade na atmosfera, comuns nesta época do ano no Tocantins. Essas condições favorecem a formação de nuvens carregadas, conhecidas como cumulonimbus, que geram descargas elétricas intensas, principalmente em dias instáveis. O fenômeno é potencializado por fatores climáticos locais e variações meteorológicas sazonais.
