O vereador Delegado Carrasco (Republicanos) usou a tribuna da Câmara de Guaraí para reclamar da postura do Poder Executivo e dos próprios colegas de parlamento, que tem o deixado de fora de algumas reuniões ‘restritas’ realizadas dentro da Prefeitura de Guaraí nos últimos meses. A fala nesta segunda-feira, 10 de novembro, também foi acompanhada de duras críticas das pessoas que assistiam a sessão. Teve até ameaça de processo ao redator do Guaraí Notícias.
Carrasco argumentou que antes da sessão, que por sinal atrasou em mais de uma hora, todos os vereadores, com exceção dele, participaram de uma reunião com a gestora municipal, encontro que o legislador classificou em sua fala como sendo ‘as escondidas’. “Eu não preciso participar das reuniões, mas tenho o direito a informações... Ora! Se a reunião de hoje era para tratar de interesse público, ela tem que ser acompanhada e fiscalizada por todos”, destacou.
Após a cobrança, que por sinal já tinha sido feita em outras sessões, outros vereadores contestaram os argumentos apresentados por Carrasco, porém nenhum deles explicou claramente qual foi o assunto desta reunião e por qual motivo apenas um vereador não foi convidado. Nas redes sociais, a própria prefeita Fátima Coelho (União Brasil) divulgou vídeo informando que o encontro era com ‘vereadores da base’, incluindo até aqueles eleitos na oposição.
Pressionado e sem espaço para se defender dentro do próprio parlamento, Carrasco decidiu se retirar antes do encerramento da plenária, enquanto seus colegas usavam todo o tempo disponível de fala para tecer seus argumentos sem qualquer contraponto. Trata-se de uma situação que infelizmente é bastante comum na Casa de Leis há vários anos, onde o debate democrático não tem espaço e todos precisam ter apenas um lado para defender como sendo o seu.
“Covardia”
A situação provocou revolta de muitos que assistiam a plenária e presenciavam o direito legal de informação negado a Carrasco, mas a responsabilidade maior foi atribuída ao redator do Guaraí Notícias, Marcelo Gris, que diante da postura adotada, classificou a situação como “covardia”. Diante da fala, a Casa de Leis informou que irá representar judicialmente contra o profisisonal, mesmo ele sendo o único que há 14 anos cobre todas as sessões do parlamento sem falta.








