A situação envolvendo animais de pequeno e grande porte soltos pelas ruas de Guaraí é alvo de reclamações constantes por parte de moradores e protetores que atuam voluntariamente no município. A exemplificação desta realidade se tornou plenamente perceptível com um caso registrado nesta última terça-feira (27/09), envolvendo um cão atropelado e que precisava de uma cirurgia urgente.
O pet teria sido recolhido e levado até o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), prédio público que possui uma estrutura mínima de atendimento, mas longe do ideal. No local, a informação repassada era que o animal poderia apenas ser deixado ali, onde morreria agonizando ou eutanasiado para que seu sofrimento fosse abreviado, protocolos que são totalmente fora dos padrões veterinários.
Ao tomar conhecimento do caso, representantes da Associação Quatro Patas, formada por voluntários que dedicam parte do seu tempo para ajudar pets abandonados no município, iniciou-se uma corrente do bem, na tentativa de se conseguir apoio e levar o animal para um local adequado. Desta forma, o caso ganhou as redes sociais e muitas pessoas acabaram ajudando de alguma forma.
Obs.: Graças a atuação da Quatro Patas, o cão passou por cirurgia.
Leis existem, mas só no papel
Não se pode reclamar da falta de leis, pois existem muitas vigentes quando o assunto é a proteção e defesa de animais, especialmente os que se encontram abandonados. O que falta na verdade em Guaraí é uma política pública que tenha como foco esta grave questão de saúde pública, promovendo desde castração, recolhimento, fiscalização de maus tratos até a adoção responsável.
Apoio a ONG´s e protetores
Caso o Poder Público não consiga fazer o que é sua obrigação legal sozinho, uma alternativa viável seria apoiar com estrutura e financiamento Organizações Não-governamentais (ONG´s), associações e protetores voluntários que poderiam realizar determinadas ações. Estas entidades e pessoas possuem o que é mais importante - amor pelo que fazem, além da iniciativa de fazer algo.