A Auxiliar de Serviços Gerais Sirléia da Silva Barreira dos Reis, moradora de Guaraí, está prestes a completar 46 anos no próximo dia 9 de agosto. Ela carrega consigo um desejo profundo: encontrar sua mãe biológica, Maria Raimunda Soares da Silva, de quem ela sabe muito pouco, nem mesmo a idade (entre 65 e 70 anos). Segundo ela, este é o maior presente que poderia receber.
Sirléia nasceu em Colinas do Tocantins, pois Guaraí ainda não contava com maternidade à época. Quando tinha apenas um mês e 18 dias, foi deixada aos cuidados do pai, João Glória Barreira, mais conhecido como “Zico”, hoje com 66 anos e dos avós paternos, Antônio Barreira Maurício e Neuza Glória Maurício, ambos já falecidos. Desde então nunca mais teve qualquer contato com a mãe.
O relacionamento entre Zico e Maria Raimunda durou cerca de três anos. Quando foi embora, Maria levou consigo um filho chamado Sirlei, fruto de relacionamento anterior. Ele tinha cerca de três anos na época e, se ainda estiver vivo, hoje pode ter aproximadamente 51 anos. As últimas notícias de Maria Raimunda datam de cerca de 20 anos atrás, indicando que ela estaria no Pará.
Apesar das décadas de silêncio, Sirléia nunca deixou de procurar. “Eu sempre quis conhecer minha mãe. Procurei na internet, pedi ajuda para várias pessoas, mas não consegui nada. Sempre morei em Guaraí, apenas nasci em Colinas. Não sei por que ela nunca me procurou. Talvez tenha medo da minha reação. Queria que ela soubesse que estou de coração aberto, sem mágoa”, desabafa.
Segundo relatos de pessoas que a conheceram, Maria Raimunda era uma mulher de pele morena, estatura baixa e cabelos pretos cortados curtos. Cabe ressaltar que Sirléia se tornou mãe e tem quatro filhos — três mulheres de 28, 26 e 22 anos, e um rapaz de 18. Ela também é avó de cinco netos. Mesmo com a família construída, sente que falta um pedaço importante em sua história.
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