Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) confirmaram que o pequi do Tocantins é menos calórico e contém mais cálcio. O estudo analisou frutos coletados nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins e revelou que a iguaria típica do Cerrado possui diferenças nítidas, dependendo de onde é coletada, incluindo ainda a coloração e consistência.

 

De acordo com os dados da pesquisa, três caroços do pequi do Tocantins somam 24 quilocalorias, valor energético duas vezes menor do que o encontrado nos frutos coletados nos outros estados. Se comparado com frutos nativos como o cupuaçu e graviola, a quantidade de cálcio encontrado no pequi tocantinense chega a ser cinco vezes maior.

 

Vale destacar que mesmo os pequis do Norte de Minas Gerais e Oeste de Mato Grosso, que têm maior quantidade de lipídios, podem contribuir para a promoção e manutenção da saúde. Segundo o estudo, 60% dos lipídios encontrados no fruto são gorduras saudáveis, ou seja, que reduzem o risco de doenças e complicações cardiovasculares, se consumidos de forma moderada.

 

A pesquisa também observou a coloração dos frutos, que varia de acordo com a quantidade de carotenóides. Os pequis coletados em Minas Gerais e Mato Grosso possuem coloração mais escura, enquanto os frutos procedentes do Tocantins e Goiás têm polpa mais clara. Quanto mais escura a coloração, mais carotenoides o fruto possui, ou seja, mais forte ele tende a ser.

 

O próximo passo do estudo é avaliar os tipos de carotenoides presentes nos pequis de cada região. “Queremos saber, em cada tipo de polpa, se os carotenóides são antioxidantes, se contribuem para retardar o envelhecimento das células, ou se são provitaminas A, que protegem a visão”, afirma a nutricionista Maria Margareth Veloso Naves, responsável pelo estudo da UFG.