Os professores da rede municipal de Guaraí, durante assembleia geral realizada na noite desta terça-feira (27/09), decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (03/10). Liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), a categoria cobra o cumprimento da Lei do Piso Nacional e pede a revisão do atual Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR).

 

Tanto o Piso Nacional como a revisão do PCCR estão no centro de uma discussão que não é recente. Os temas já foram inclusive negociados em acordo extrajudicial com a Prefeitura de Guaraí, mas que o Sintet afirma não ter sido cumprido. Desde o início do ano o tema vem motivando ainda uma série de protestos, resultando na instauração do estado de greve no último dia 17/08.

 

“A insatisfação se dá pelo descaso da gestão municipal em não valorizar os profissionais da educação efetivos do quadro da educação e conceder o pagamento do Piso Nacional apenas para os que atuam em regime de contrato. Nosso PCCR já deveria ter sido revisado em agosto, mas até agora isso não aconteceu”, destaca a presidente regional do SINTET de Guaraí, Iolanda Bastos.

 

Mais sobre o Piso Nacional

 

Instituído pela Lei Federal Nº 11.738 de 2008, o Piso Nacional dos profissionais que atuam no magistério público da educação básica é atualizado anualmente, mas muitos governantes alegam que não possuem recursos suficientes para cumprir com o percentual estabelecido. O assunto atualmente é pauta de diversos embates judiciais, já que o último reajuste foi de 33,24% (R$ 3.845,63).

 

Impacta mais de 100 efetivos

 

Conforme números apurados junto ao Sintet, a rede municipal de Guaraí possui cerca de 160 professores, sendo pouco mais de 100 efetivos, incluindo os que trabalham dentro e fora de sala de aula. Segundo deliberado na assembleia que deflagrou a greve a partir de 03/10, pelo menos 30% dos professores continuarão trabalhando em sala, já que no Tocantins a Educação é um serviço essencial.