O retorno imediato de Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao comando do Tocantins, autorizado por liminar do ministro Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 05 de dezembro, deve gerar efeitos diretos em Guaraí, incluindo possíveis demissões e nomeações em cargos de confiança estaduais e a revisão de programas ou ações em execução no município. A decisão suspende o afastamento imposto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recoloca o Estado em mais uma fase de instabilidade política — cenário que, para o tocantinense, virou rotina nas últimas duas décadas.
A liminar suspende a decisão do STJ que havia afastado o governador por 180 dias devido a suspeitas envolvendo contratos de cestas básicas fraudulentos durante o período mais crítico da pandemia Covid-19. Embora ainda dependa de referendo da Segunda Turma do STF, a decisão tem efeito imediato, permitindo que Wanderlei reassuma o cargo tão logo seja comunicado oficialmente da decisão. A liminar não menciona a situação da primeira-dama, Karynne Sotero, cujo afastamento, pelo menos em um 1º entendimento, permanece válido.
Fundamentos da decisão
O ministro Nunes Marques argumenta que o afastamento de um chefe do Executivo exige “fundamentação robusta” e que a medida gerava instabilidade administrativa e política em ano pré-eleitoral. Ele também destacou que a própria Procuradoria-Geral da República se posicionou contra o afastamento.
Posicionamento da defesa
O advogado de Wanderlei, Felipe Fernandes, afirmou que a decisão é recebida com serenidade por viabilizar o retorno do governador ao cargo para o qual foi eleito. O processo principal continua em análise no STJ.
Impacto em Guaraí
Com a troca abrupta no comando, setores do governo estadual podem passar por realinhamento político, atingindo estruturas regionais que atuam diretamente no município. Isso inclui:
• substituição de ocupantes de cargos comissionados estaduais;
• eventual mudança de prioridades em programas que dependem da assinatura direta do governador;
• possibilidade de suspensão ou reorganização de políticas em execução;
• reaproximação de grupos políticos locais ao núcleo do governo retomado.








