Na tarde do último sábado, 26 de julho, moradores do Setor São Luiz, em Guaraí, enfrentaram momentos de pânico após novo ataque de abelhas. Os Bombeiros foram acionados para conter o enxame, que estava alojado em um pé de manga próximo a residências. Segundo relatos, moradores precisaram se trancar em casa, enquanto cães foram atacados, sendo que alguns deles morreram. Há também registros de várias pessoas ferroados ao passar por ruas próximas.

 

Esse não foi um caso isolado. No dia 18 de julho, um ataque semelhante foi registrado no Setor Universitário, nas imediações da Faculdade Guaraí. Na ocasião, quatro cães morreram, duas moradoras ficaram feridas e dezenas de pessoas foram picadas. A repetição desses eventos em curto intervalo de tempo acendeu o alerta das autoridades locais e da população quanto à presença de enxames em áreas urbanas, situação bastante comum no período de estiagem.

 

Especialistas explicam que os ataques se intensificam durante o período seco, típico entre os meses de junho e outubro no Tocantins. Com menos flores e água disponíveis, as abelhas precisam voar cada vez mais longe em busca de recursos, o que as aproxima de zonas urbanas e rurais habitadas por seres humanos. Esse esforço adicional as torna mais territoriais e defensivas, aumentando a probabilidade de ataques quando se sentem ameaçadas.

 

Além disso, o calor acelera o metabolismo das abelhas, tornando-as mais agitadas e reativas. As chamadas abelhas africanizadas – híbridas conhecidas por seu comportamento agressivo – são predominantes na região. Durante a seca, também aumentam as queimadas, que estressam os enxames e podem provocar reações em massa, especialmente quando os ninhos são perturbados.

 

Diante desse cenário, a recomendação é não tentar remover colmeias por conta própria e evitar ruídos ou vibrações perto de árvores e estruturas ocas onde elas costumam se alojar. Em caso de enxames ativos, o ideal é manter distância e acionar os Bombeiros pelo número 193. Com a intensificação do calor e da estiagem, a prevenção torna-se essencial para evitar novos acidentes graves.