Em 2020, pelo 5º consecutivo, Guaraí não investirá recursos públicos na festa de Carnaval. A decisão de realizar eventos do tipo ficará à cargo de entidades privadas, além de promotores de evento, desde que busquem as autorizações necessárias. A opção do município segue uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/TO), dirigida às prefeituras com dívidas acumuladas.

 

Reconhecida como uma das mais importantes manifestações culturais brasileiras, o Carnaval é tradicional em todo país. Apesar disso, a decisão de não promover o evento com recursos públicos tem sido rotina em Guaraí, onde no passado a festa chegou a ser considerada indispensável, ocasião em que havia inclusive grande apreço da população, o que não ocorre na atualidade.

 

De certa forma, por não ter tradição como polo para o evento dentro do Estado, assim como ocorre me Gurupi e Pedro Afonso, por exemplo, a gestão municipal tem preferido atender recomendação do TCE/TO, que orienta as gestões a evitarem o gasto desnecessário, principalmente se houverem dívidas pendentes, caso de praticamente quase todas as cidades do país, com raras exceções.

 

Em relação à Guaraí, a prefeita Professora Lires Ferneda (PSDB), em reiteradas vezes, alega ter negociado uma dívida de mais de R$ 11,5 milhões referente a gestões anteriores. A gestora também demonstra não ter interesse, mesmo que houvessem recursos disponíveis, em fazer este tipo de gasto ou investimento e a decisão parece receber o apoio de uma grande parcela da população.

 

Réveillon também não tem:

 

Além do Carnaval, a festa pública de Réveillon também não é realizada em Guaraí há 5 anos. Neste caso, há uma grande divisão entre os que apoiam a decisão e os que são contra. No ano passado, uma enquete do Guaraí Notícias, que recebeu 211 votos, evidenciou esta opinião diversa. 41,23% das pessoas que votaram entendem que o município poderia bancar a festa, 38,39% não.