Nesta terça-feira, 11 de março, a publicação do último edital para um concurso público de cargos da Prefeitura de Guaraí completa exatos 9 anos. O certame, realizado no ano de 2016, durante a curta gestão do ex-prefeito Francisco Júlio, oferecia ‘míseras’ 48 vagas diretas. Atualmente, segundo dados oficiais, mais da metade dos 1.145 servidores municipais é formada por contratos temporários.

 

Desde agosto do ano de 2023 tramita na 3ª Promotoria de Justiça de Guaraí, ligada ao Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE/TO), um Inquérito Civil Público que apura este excesso de contratações sem concurso. Ao longo destes quase dois anos, o procedimento avançou pouco e tem se limitado a uma morosa e improdutiva troca de ofícios entre a administração local e o órgão fiscalizador.

 

Ainda nesta terça-feira, 11 de março, termina o prazo para que o município apresente minutas de revisões dos Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR´s), pré-requisitos para o andamento de um novo concurso. Vale ressaltar que estes textos ainda não foram enviados para apreciação da Câmara de Vereadores e muito menos discutidos de forma ampla com os servidores locais.

 

Servidores municipais (resumo geral)

Dados atualizados até março/2025

 

Temporários: 551

Concursados: 493

Comissionados: 85

Cedidos com ônus: 8

Do tempo de Goiás: 1

Conselho Tutelar: 6

Pensionista temporário: 1

 

Total: 1.145

 

Cobrança na Câmara

 

Na sessão desta segunda-feira, 10 de março, véspera do ‘aniversário’, o vereador Delegado Carrasco (Republicanos) apresentou um requerimento cobrando explicações sobre as minutas dos novos PCCR´s, pedido que foi abraçado inclusive por vereadores da base governista, que garantem existir o interesse da prefeita Fátima Coelho (União Brasil) em realizar o novo certame.

 

Medida Provisória

 

No fim de janeiro, uma Medida Provisória (Nº 002/2025), que possui força de lei, autorizou a contratação de até 562 servidores sem concurso, sendo 298 para a pasta da Educação e 127 para a pasta da Saúde. A matéria precisa do aval da Câmara de Vereadores para se tornar definitiva, o que ainda não aconteceu, já que sua validade é limitada a 60 dias, podendo ser prorrogada por igual período.