Promulgada em junho de 2008, a Lei Federal Nº 11.705, conhecida popularmente como “Lei Seca”, completou neste ano sua primeira década de existência. A legislação, que proíbe a condução de veículos automotores por parte de motoristas que consumiram qualquer tipo de bebida alcoólica, ajudou a multar mais de 1,7 milhão de condutores e evitou cerca de 41 mil mortes.

 

Apesar da legislação mais dura, incluindo multas e até prisão, além de uma fiscalização que aumentou consideravelmente ao longo destes últimos 10 anos, o álcool continua sendo a segunda maior causa de acidentes com mortes no trânsito em todo o país, atrás apenas do excesso de velocidade. Estimasse que ¼ dos motoristas, mesmo sabendo dos riscos, continuam bebendo e dirigindo.

 

Mesmo em pequenas quantidades, o álcool afeta de forma significativa a habilidade de direção, condição que muitas vezes é ignorada por pessoas que erroneamente fazem julgamento diferentes. Além de reduzir a capacidade de reação a uma situação inesperada, o álcool provoca também alterações na visão, na audição, na coordenação motora e até mesmo na memória.

 

Se não bastassem os riscos a segurança e a saúde, motoristas flagrados conduzindo veículos alcoolizados podem ser obrigados a pagar multa que chega a R$ 3 mil, valor 10 vezes maior do que o definido para uma penalidade gravíssima. Já na esfera criminal, o condutor flagrado dirigindo embriagado, pode ser autuado e preso, condição agravada em caso de reincidência.