A Polícia Civil de Guaraí concluiu as investigações e indiciou três policiais militares pelos crimes de homicídio doloso qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Ambos estariam envolvidos na morte do músico Joan Braga dos Reis, crime registrado em abril deste ano. Autorizada pela Justiça, a prisão dos acusados foi cumprida durante a manhã desta sexta-feira, 1º de dezembro.

 

A investigação definiu a materialidade, autoria e circunstâncias do delito. Os nomes dos policiais militares não foram informados, mas eles seriam todos atuantes no 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM), mais conhecido como “Batalhão Guará”, sendo que dois deles ingressaram na corporação no último concurso. Eles estão presos em uma unidade militar, à disposição da Justiça.

 

 

Entendendo o caso

 

Joan, que não possuía antecedentes criminais, chegou a integrar bandas conhecidas em Guaraí como o Grupo “Resfulengo” e o Forró “Xique Moral”. No dia 19 de abril ele teria saído de Luzimangues, com destino a Centenário, porém ao chegar em Guaraí, acabou sofrendo um surto psicológico, o que o deixou bastante transtornado e desorientado. Ele foi avistado vagando pela cidade.

 

As investigações apontam que a vítima entrou em carros estacionados e abertos, sendo repelido pelos proprietários. Em frente a um Laja Jato, Joan teria entrado em um veículo, causando pequenos danos ao tentar ligá-lo, sendo abordado por um policial militar aposentado, que acionou os indiciados. Ressalta-se que Joan não era habilitado e seus familiares alegam que ele sequer sabia dirigir.

 

Logo após ser apreendido pelos militares acionados, a vítima desapareceu e seu corpo foi localizado dias depois, já em avançado estado de decomposição, às margens da rodovia BR-235, via que liga o entroncamento da BR-153 em Guaraí até o município de Pedro Afonso. Antes disso, houve grande mobilização de familiares e amigos que tentavam localizar o seu paradeiro.

 

 

Defesa dos militares presos

 

A defesa dos militares presos, que está sendo realizada pelo renomado Advogado Paulo Roberto da Silva, informou que ainda não teve acesso aos autos completos relativos ao caso, mas garantiu que os três militares são inocentes e que não há provas que indiquem a prática de crime por ambos.