Cerca de 30 educadores da rede municipal de Guaraí participaram de uma reunião com a prefeita Lires Ferneda (PSDB) na tarde desta segunda-feira (29/04), debatendo, entre outros assuntos, a pauta de reivindicações da categoria, que deflagrou greve geral, marcada para começar no próximo dia 02 de maio. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (SINTET) não participaram do encontro, já que não teriam sido convidados.

 

Também estavam presentes alguns diretores de escolas do município, os secretários de Educação, Sebastião Mendes e Administração, Raimundo Pessoa, além de assessores ligados aos departamentos contábil e jurídico da prefeitura. No encontro, a prefeita Lires Ferneda disse ainda que pretendia “desfazer a imagem de que não conversa com a classe”, contestando todos os pontos que a categoria apresenta como motivadores para a greve geral.

 

Foto: Guaraí Notícias

Prefeita Lires contestou todos os pontos da pauta de reivindicações da educação e disse que pretende ofertar melhores salários para todos os servidores municipais, desde que dentro da lei e dos limites financeiros do município.

 

“Queremos sim oferecer boas condições de trabalho e melhores salários para todos os servidores públicos municipais, não apenas aos da educação. Vamos fazer isso com responsabilidade e sem comprometer os limites legais. Se eu pudesse, pagaria R$ 10 mil para cada professor, afinal sei bem como é difícil este trabalho, pois fui por muitos anos educadora, mas não podemos agir de maneira irresponsável, infringindo à lei e os nossos limites financeiros”, explicou.

 

Ao fim do encontro, a prefeita ainda esclareceu que respeita a decisão dos que optam pela greve, apesar de não concordar com a pauta de reivindicações. A gestora também enfatizou que todos os que desejarem trabalhar terão o seu direito garantido. Questionada sobre o funcionamento das escolas, Lires afirmou que elas estarão abertas e orientou os pais para que enviem seus filhos, apesar do anúncio da greve geral e da confirmação por parte do movimento paredista.

 

Pauta da greve dos educadores de Guaraí

 

Os educadores municipais de Guaraí reivindicam o cumprimento da lei do piso salarial e do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), regulamentações estas que não estariam sendo cumpridas integralmente. Além disso, são cobrados retroativos da data-base (correção anual de salários), não quitados em 2017. A classe também diverge sobre o índice de reajuste da data-base de 2019, programada para ser paga à todos os servidores em maio.