As desigualdades entre rendimentos de mulheres e homens aumentaram nos últimos dois anos e tornaram mais distante a equiparação de renda entre os gêneros no Brasil. Isso é o que revela um relatório da organização não governamental OXFAM Brasil, divulgado nesta última segunda-feira (26/11).

 

Os dados têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (2016/2017) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento indica que mulheres ganhavam em média 72% do que homens na mesma função em 2016 e 70% em 2017, primeiro recuo em 23 anos.

 

Em 2017, a renda média de mulheres no Brasil era de R$ 1.798,72, enquanto a de homens era de R$ 2.578,15. Os dois gêneros tiveram aumento médio geral de renda em relação a 2016, mas enquanto o incremento entre os homens foi de 5,2%, entre as mulheres foi de apenas 2,2%.

 

Entre os 10% mais ricos do Brasil, a distância é ainda maior. As mais ricas ganharam em média 60% do que os mais ricos em 2017. Enquanto os homens mais ricos tiveram quase 19% de aumento em seus rendimentos entre 2016 e 2017, as mulheres mais ricas viram sua renda média crescer apenas 3,4%.