Mais uma tentativa de negociação entre prefeitura e servidores municipais da educação terminou sem acordo em Guaraí nesta quinta-feira (24/01). O impasse, que envolve o cumprimento do piso salarial e do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria, além do pagamento de retroativos da data-base e do auxílio alimentação de 2017, continua sem solução.

 

De um lado, os profissionais da educação, categoria formada por mais de 250 servidores efetivos, alega que possui direitos e que eles são garantidos por legislações municipais e federais. De outro lado, a gestão contesta alguns destes direitos e argumenta que não tem condições de oferecer o que a classe pede, sem causar um desequilíbrio nos limites de gastos com folha de pagamento.

 

Diferentemente de outros momentos, agora há uma oficialização por parte do município, que após uma reunião com a classe, apresentou por escrito os argumentos que sustentam sua posição, o que ainda não havia sido feito. Há também a confirmação de que uma das pautas será atendida, o pagamento do auxílio alimentação retroativo, dividido em 14 parcelas, já a partir de fevereiro.

 

Foto: Guaraí Notícias

Impasse continua e classe decidiu avaliar cenário; greve não é descartada.

 

No mais, o Sindicato dos Servidores em Educação do Tocantins (SINTET), que defende a categoria, sustenta, nas palavras de seus representantes, que “o avanço nas negociações é mínimo, quase inexistente”. Justamente por este motivo, a classe, decidiu, em assembleia geral, manter-se em estado de greve e avaliar possíveis decisões a serem tomadas durante os próximos 15 dias.

 

“Pela primeira vez recebemos uma proposta oficial. Nos próximos 15 dias vamos avaliar o que foi nos repassado e, até lá, continuamos em estado de greve, ou seja, mobilizados. Se o problema é índice de folha, a gestão precisa reduzir este percentual. Não vamos abrir mão dos nossos direitos, esta é nossa decisão”, explica Iolanda Bastos, presidente regional do SINTET de Guaraí.

 

Durante a assembleia geral, portanto, os educadores optaram por continuar trabalhando normalmente, apesar do estado de greve. Ao final do prazo de 15 dias, a classe voltará a se reunir e poderá decidir pelo início de uma “operação tartaruga”, que prevê a liberação dos alunos antes do fim do horário das aulas. Caso não haja acordo mesmo assim, não se descarta a possibilidade de greve.