O processo eleitoral para escolha da nova diretoria do Sindicato Rural de Guaraí (SRG) corre o risco de atrasar devido questionamentos judiciais. Uma decisão recente (segredo de justiça) suspendeu o prazo para impugnação das chapas, iniciado em 16 de dezembro e que encerraria dia 20. Dois grupos estão na disputa e o pleito está marcado para acontecer no dia 20 de fevereiro de 2025.

 

A chapa encabeçada por Paulo André Woicikoski acionou a Justiça do Trabalho alegando que a comissão que conduz o processo eleitoral tem como membros candidatos do grupo concorrente, o que estaria gerando conflito de interesses. Para piorar a situação, o estatuto da entidade representativa, que carece de atualizações, não prevê grupo independente para decidir sobre as eleições.

 

Uma solução apresentada pela chapa encabeçada pelo atual presidente, Raimundo Nonato Pessoa da Silva, incluía a formação de um grupo liderado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Guaraí, que inclusive teria concordado em indicar três profissionais para analisar e julgar os recursos de impugnação, porém a chapa de Paulo André recusou a proposta.

 

 

 

Emenda de R$ 312.404,30

 

O SRG é o organizador da Exposição Agropecuária de Guaraí (EXPOGURAÍ), que em 2025 entra na 34ª edição. Para garantir a realização da festa tradicional, uma emenda impositiva assinada por três vereadores, Mikéias Feitosa (PDT), Ricardo Gauchim (PL) e Bonfim (União Brasil) já direcionou R$ 312.404,30 do orçamento municipal para a entidade rural, maior aporte dos últimos 20 anos.

 

Atual comando do SRG

 

Desde o fim de maio deste ano o SRG vem sendo comandado por uma Junta Governativa. Trata-se de um tipo de ‘diretoria provisória’, sendo composta por Antônio Carlos Gomes Bezerra (Tesoureiro), Pedro Henrique Sandri Terra (Secretário) e Raimundo Nonato Pessoa da Silva (Presidente). Esta inclusive foi a equipe que conduziu a 33ª edição da EXPOGUARAÍ, entre 14 e 23 de junho.

 

Afastamento da diretoria

 

A diretória que comandava anteriormente o SRG, também formada por uma Junta Governativa, acabou sendo afastada por determinação da Justiça do Trabalho, devido falta de prestações de contas, irregularidades na condução da eleição que escolheu os membros, realizada em fevereiro deste ano, além de indícios de malversação de recursos e dilapidação do patrimônio do sindicato.