Quase um ano depois e praticamente no mesmo lugar, próximo de um armazém de grãos em Guaraí, o operador de silos Adílio Vieira voltou a registrar, na tarde desta sexta-feira, 28 de julho, um redemoinho gigante de poeira. O fenômeno ocorre com bastante frequência no Tocantins durante o período de estiagem, que tradicionalmente ocorre entre junho e outubro, quando as chuvas são escassas.
No ano passado, o redemoinho, pelo menos quando as imagens registradas são comparadas, parecia ser mais intenso. De qualquer forma, é um sinal de que a região onde ele foi registrado, situada às margens da rodovia estadual TO-336, na saída para o município de Colméia, possui condições favoráveis para o surgimento do fenômeno, consequência das altas temperaturas e do clima seco.
Em geral, este tipo de fenômeno é inofensivo, gerando mais sujeira do que estragos consideráveis, além de durar segundos ou poucos minutos. Há registros onde o “turbilhão de poeira” atinge centenas de metros de altura, mas na grande maioria das vezes ele pode não chegar a tudo isso. Apesar de comuns no Tocantins, podem ser registrados em qualquer lugar quente e seco do país.
O vídeo gravado neste ano (2023)
O vídeo gravado no ano passado
A lenda do saci-pererê
De acordo com o folclore brasileiro, redemoinhos são o rastro da caminhada do saci-pererê, considerado brincalhão, mas que pode ser também perigoso, comparado a um diabo. Reza a lenda que se uma pessoa entrar no meio da espiral, levando consigo uma garrafa aberta e uma peneira, seria possível prender o ser sobrenatural, mas é bom não arriscar, pois isso pode ser perigoso.