A prefeita de Guaraí, Fátima Coelho (União Brasil), reuniu-se com o secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, nesta quarta (11), para solicitar a designação de médicos legistas ao Instituto de Medicina Legal (IML) do município. A medida busca garantir a continuidade dos serviços periciais, ameaçados após a aposentadoria da única profissional que atuava na unidade.
Apesar do compromisso verbalizado de manter o funcionamento do IML, o cenário ainda é extremamente incerto. Como os médicos legistas devem ser contratados por concurso público, e não há edital lançado, a previsão mais otimista é de que novas admissões só ocorram em 2026. Enquanto isso, a unidade corre o risco de ficar inoperante, mesmo com boa estrutura física.
A escassez de legistas em Guaraí é um problema antigo, denunciado por moradores, representantes políticos e por entidades da sociedade civil desde 2020. A ausência de profissionais compromete serviços como exames de corpo de delito e recolhimento de corpos em casos de morte violenta/suspeita, afetando diretamente o trabalho da Polícia Civil e o atendimento à população.
Cabe ressaltar que o IML tem papel essencial nas investigações criminais. Além da necropsia, realiza exames periciais e identificação de vítimas, servindo como base técnica para processos judiciais. A unidade de Guaraí funciona em prédio alugado pela Prefeitura e, embora estruturada, precisa urgentemente de reforço profissional para continuar cumprindo sua função social, além de investigativa.