Equipes da Polícia Civil estiveram em um comício da coligação “Trabalho com Amor Por Guaraí”, encabeçada pela atual prefeita de Guaraí, Fátima Coelho (União Brasil), apurando denúncia anônima de que um gerador de energia elétrica, apontando como sendo patrimônio público do município, estaria sendo utilizado no evento, realizado na noite desta última sexta-feira, 13 de setembro.

 

Procurada, a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) confirmou em nota a realização da diligência para ouvir os representantes do evento político. Foram inclusive capturadas imagens do equipamento, que estava acondicionado em um veículo particular. A SSP/TO informou ainda que o comício não foi interrompido, pois não houve flagrante.

 

Importante ressaltar que a investigação se encontra em fase inicial, não sendo possível qualquer conclusão antecipada. Caso seja comprovado o uso de um patrimônio público em evento particular de campanha, os responsáveis podem ser multados. Outra punição possível é a cassação das candidaturas beneficiadas pela prática, impossibilitando a assunção de mandato, se eleitos.

 

Prefeitura tem sim um gerador

 

Em consulta ao Portal da Transparência da Prefeitura de Guaraí é possível constatar que de fato o município possui um gerador de energia elétrica movido à diesel de 380 volts (trifásico). Avaliado atualmente em R$ 8.173,36, o equipamento foi incorporado ao patrimônio público municipal em maio de 2022 e consta como pertencente a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.

 

Posteriormente a esta publicação, a Prefeitura de Guaraí apresentou fotos deste equipamento, demonstrando de maneira evidente que ele é totalmente diferente daquele alvo da denúncia anônima. O município, por meio de nota encaminhada à imprensa, negou que tenha emprestado o referido maquinário para uso em evento de campanha, informado que o item periciado seria na verdade particular.

 

 

 

 

Manifestação da coligação

 

Também por meio de nota, a coligação “Trabalho com Amor Por Guaraí” negou o uso de patrimônio público, garantindo que “todos os recursos empregados são de propriedade particular, cedidos ou locados, em plena conformidade com a legislação eleitoral vigente”. A coligação chama as denúncias de “infundadas”, "uma informação falsa", com o objetivo de desestabilizar a campanha.