De janeiro a abril deste ano, agentes que atuam nas cadeias do Tocantins registraram 28 flagrantes de pessoas adentrando unidades com objetos ilícitos, incluindo facas, celulares e drogas, a maioria dos casos envolvendo mulheres. Parte destes registros ocorreram em Guaraí, mas o que pouca gente talvez saiba e que tais flagrantes são punidos com penas de até 15 anos de prisão.

 

“Nestes primeiros meses do ano tivemos ocorrências em dez estabelecimentos prisionais. Nossos agentes são treinados para desenvolver protocolos e procedimentos com o intuito de barrar a entrada de ilícitos nas unidades prisionais do Estado, com a finalidade de manter a ordem e a segurança”, explica Orleanes de Sousa Alves, superintendente do sistema prisional do Tocantins.

 

Segundo a informação repassada pela Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (SECIJU), das 28 prisões registradas até o momento, 25 envolveram mulheres. “São majoritariamente jovens, pobres, negras, chefes de família e com baixa escolaridade, atuando a mando de seus familiares que cumprem pena ou do crime organizado”, afirma Luciene Reis da Silva, analista de execução penal da pasta.

 

Conforme a Lei de Antidrogas, instituída em 2006, a pessoa que tenta entrar com drogas em estabelecimento prisional pode cumprir pena de 5 a 15 anos de reclusão. No caso de ingressar com celular em estabelecimento prisional, a pena é de três meses a um ano, como estabelece o Código Penal Brasileiro. Em caso de reincidência de crimes, a situação do acusado pode até mesmo piorar.