Nos últimos dias o Guaraí Notícias vem recebendo relatos de comerciantes afetados por prejuízos materiais e que convivem com uma rotina de medo por conta da quantidade de pessoas com transtornos mentais adentrando seus estabelecimentos. Recentemente uma mulher nestas condições quebrou o notebook e ainda tentou agredir clientes de uma academia de musculação.
Anteriormente ao episódio na academia de musculação, também foram registradas situações parecidas em outro estabelecimento do mesmo segmento, em uma lavanderia, pelo menos dois supermercados, uma loja de móveis e eletrodomésticos, uma padaria, sendo todos casos recentes, apenas entre os meses de dezembro do ano passado e estes primeiros dias de janeiro de 2025.
Muitos não sabem como agir e a quem procurar nestas horas. Na Polícia Civil, conforme fontes ouvidas, vários boletins de ocorrência já foram registrados e a preocupação é de que algo mais grave possa acontecer, especialmente agressões que coloquem em risco a vida da própria pessoa fora de suas capacidades mentais, assim como outros que estejam no mesmo ambiente.
Trata-se de um problema complexo e que envolve soluções variadas, em geral, de longo prazo. Em muitas vezes o Poder Público só consegue agir se houver algum tipo de determinação judicial, já que as pessoas afetadas não aceitam tratamento ou não conseguem ter acesso a ele por vários motivos. Para os familiares de quem está doente, esta é uma luta diária na busca pela sanidade.
Como agir nesta situação
É importante não enfrentar ou contestar pessoas que estejam fora de si, isso tende a piorar a reação delas. O ideal é procurar se manter calmo e acionar os Bombeiros ou a Polícia Militar (PM). Caso sejam registrados prejuízos materiais ou físicos, incluindo tentativa de agressão, registre Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil e informe a situação ao Ministério Público Estadual (MPE).
As autoridades competentes só vão conseguir agir se os afetados oficializarem esta demanda formalmente. Para as famílias que enfrentam o dilema de conviver com um ente nesta condição é importante procurar ajuda especializada. Caso não seja possível pagar pelo tratamento, a rede pública disponibiliza suporte e a porta de entrada costuma ser a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.