Foi publicada nesta última quinta-feira, 14 de novembro, a Lei Estadual Nº 4.540/2024, que dispõe sobre a proibição do plantio do Nim Indiano (Azadirachta Indica A. Juss) no Tocantins. A espécie nativa da Asia possui a capacidade de intoxicar e matar insetos, incluindo as abelhas, gerando desequilíbrio ambiental.
O texto foi apresentado em fevereiro deste ano pelo deputado estadual Júnior Geo (PSDB). A legislação também orienta que os locais onde a espécie invasora já esteja plantada recebam mudas nativas, lembrando que esta é uma árvore invasora encontrada facilmente em espaços públicos e privados de Guaraí.
Estudos científicos apontam que de fato o Nim Indiano é tóxico para insetos, incluindo abelhas, mas a árvore também gera danos ao meio ambiente e à infraestrutura, já que suas raízes crescem de forma proporcional à copa, deixando o solo empobrecido de nutrientes e danificando pavimentos/calçadas.
Foto: Divulgação
Espécie faz parte da paisagem de várias cidades, incluindo Guaraí.
Como apareceu no Brasil?
Com a promessa de ser um inseticida natural contra pragas urbanas, incluindo baratas e mosquitos, o Nim Indiano foi introduzido largamente no Brasil, mas sem adequados estudos científicos. O plantio indiscriminado acabou gerando desequilíbrios e afetando espécies essenciais, um efeito colateral devastador.
A importância das abelhas
As abelhas são insetos de grande importância ambiental e vital para o planeta, pois são responsáveis pela polinização de cerca de 80% das plantas existentes. Sem este frágil inseto, que também é constantemente ameaçado por conta das mudanças climáticas, a maioria dos alimentos que consumimos desapareceriam.