O número de mortes registradas no Brasil entre 2006 e 2016 aumentou 24,7%. Em 2006, foram contabilizadas 1.019.393 mortes e, no ano passado, 1.270.898. Houve redução expressiva da mortalidade até 14 anos e aumento nas idades mais avançadas, em especial acima dos 50 anos, reflexo do envelhecimento populacional. Os dados constam em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (14/11).

 

Em 1976, os óbitos de menores de 1 ano e de menores de 5 anos representavam 27,8% e 34,7% do total, respectivamente. Após 40 anos, os avanços nas condições de saneamento básico, na distribuição de medicamentos e no aperfeiçoamento de vacinas e de outros meios de medicina preventiva, permitiram que os óbitos dos menores de 1 ano ficassem em 2,4% e o de menores de 5 anos, em 2,9%.

 

As Estatísticas do Registro Civil confirmam ainda uma tendência já apontada em outros estudos. No grupo etário masculino dos 15 aos 24 anos as mortes violentas foram reduzidas significativamente em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Pernambuco, entre 2006 e 2016. Essa contagem, porém, cresceu 171% na Bahia e em outros Estados do Nordeste e do Norte, onde os homicídios explodiram.

 

A pesquisa do IBGE reúne informações sobre os nascidos vivos, casamentos, óbitos e óbitos fetais informados pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, bem como sobre os divórcios declarados pelas Varas de Família, Foros, Varas Cíveis e Tabelionatos de Notas. Seus resultados constituem importante instrumento para o acompanhamento da evolução da população brasileira, sobretudo para estudos demográficos mais aprofundados.