Começa à meia noite deste domingo (15/10), mais uma edição do Horário Brasileiro de Verão. A mudança vale até o dia 18 de fevereiro do ano que vem e é provável que esta seja a última vez que a medida venha a ser adotada no país, isso porque autoridades do setor elétrico constataram mudanças nos hábitos do brasileiro, tornando a alteração pouco ineficiente no aspecto de redução de consumo de energia elétrica.

 

Os relógios em três regiões do país (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) devem ser adiantados em uma hora. Nos estados do Norte e do Nordeste não haverá mudanças. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), desde 2013 a economia gerada com o Horário de Verão vem sofrendo drásticas reduções. Naquele ano, o país economizou R$ 405 milhões ou 2.565 megawatts (MW), já em 2016 a economia foi de R$ 147,5 milhões.

 

Se por um lado boa parte da população se incomoda com as alterações que o Horário de Verão causa na rotina, por outro há muita gente que prefere chegar em casa ainda com a luz do dia. Gostando ou não da mudança, uma coisa é certa: ao alterar a rotina – em especial a hora de acordar e de dormir – o Horário de Verão mexe com o ritmo fisiológico de muitas pessoas, principalmente daquelas que desenvolvem atividades que exigem concentração.

 

Em agosto, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ONS e o Ministério de Minas e Energia chegaram à conclusão que, por causa da mudança do perfil de consumo, a adoção da medida “traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema”. A expectativa é de que o Horário de Verão seja extinto a partir de 2018/2019.