36 professores da rede municipal de Guaraí começam a receber a partir deste ano um reajuste de 12,84% em seus subsídios mensais. O percentual em questão obedece a atualização nacional do piso dos docentes públicos em início da carreira, que pela lei, não podem receber menos do que R$ 2.886,15 (40h).

 

Apesar de comemorarem o reajuste, a maior parte dos professores reclama que o município ignora a carreira profissional, especialmente daqueles que estão há mais tempo atuando, já que as tabelas salariais do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) não estão sendo atualizadas com o reajuste do piso.

 

Enquanto um professor Nível I recebe o piso, professores que estão, por exemplo, no Nível II, trabalhando há mais tempo, recebem o mesmo valor do início da carreira, montante que é pago com complementação salarial, manobra contábil entendida como inconstitucional por representantes da categoria.

 

“Nosso PCCR continua com as tabelas desatualizadas. Estamos com a carreira estagnada. Pagar o piso não é sinônimo de valorização, isso é direito”, destaca a professora da rede municipal Iolanda Bastos, que também é presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (SINTET).

 

Gestão tem outro ponto de vista

 

Conforme explica o secretário de Educação e Cultura de Guaraí, professor Sebastião Mendes, a gestão vem atualizando os salários dentro do que a lei permite, concedendo ainda progressões horizontais e verticais nas carreiras, além de outros benefícios. O gestor discorda do ponto de vista do SINTET.