Depoimentos de familiares relatando agressões, humilhações e superlotação na Unidade Penal de Guaraí têm ganhado força nas redes sociais nos últimos dias, ampliando a preocupação sobre possíveis abusos. Segundo relatos, grande parte das situações constam em cartas escritas pelos próprios detentos, que detalham episódios recorrentes de violência, condições degradantes de convivência e falhas no atendimento, tornando o ambiente ainda mais tenso.

 

A mãe de um detento, que prefere não ser identificada, relatou que seu filho teria sido agredido diversas vezes por policiais penais e ainda submetido a tortura com spray de pimenta. Segundo ela, os episódios ocorreram sem justificativa plausível, evidenciando um padrão de violência institucional. A família afirma que buscou esclarecimentos, porém não recebeu informações concretas sobre o estado de saúde do preso nem sobre a apuração dos fatos denunciados.

 

Grande parte das denúncias chega aos familiares por meio de cartas enviadas pelos próprios detentos, descrevendo atendimento médico considerado deficitário, demora em atendimentos básicos e alimentação insuficiente. Os relatos também mencionam presos doentes sem acompanhamento adequado e condições precárias de higiene. O material inclusive teria sido encaminhado ao Ministério Público e a Defensoria Pública para adoção de medidas cabíveis.

 

Até o momento, a Unidade Penal de Guaraí não se manifestou, tampouco a Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins (SECIJU/TO), responsável pelo sistema penal e socioeducativo. Cabe ressaltar que o Guaraí Notícias entrou em contato para solicitar posicionamento ainda nesta segunda-feira, 1º de dezembro, porém não recebeu qualquer comunicação até o fechamento deste conteúdo, permanecendo à disposição para esclarecimentos posteriores.