Após décadas, Guaraí finalmente deve ganhar um Terminal Rodoviário digno. Apesar das obras estarem bem avançadas, o clima no local ainda é tenso, devido à falta de segurança. É bastante comum passageiros e comerciantes do entorno presenciarem atritos entre pessoas que estão sob efeito de álcool, drogas ou então com transtornos mentais, principalmente à noite ou nas madrugadas.

 

Isso não é novidade, mas o que chama atenção é que autoridades competentes têm pleno conhecimento da situação, porém acabam se limitando em realizar apenas ações coercitivas pontuais, que geram efeito temporário. Não há ou pelo menos não se vê, de forma clara, um trabalho organizado para acolher e oferecer tratamento a estas pessoas, tampouco preocupação com esta demanda real.

 

“A gente vê toda hora confusões envolvendo pessoas fora de si ou sob efeito de drogas por aqui. Quem está de passagem pela cidade, acaba carregado uma impressão negativa, apesar da obra de reforma e ampliação no terminal. Nós que trabalhamos com vendas somos muito afetados, pois esta situação afasta clientes”, destaca um comerciante, que optou por não ser identificado no texto.

 

Não há dados públicos acessíveis que comprovem tal realidade, talvez por falta de serem expostos, mas em conversas reservadas com policiais militares, estes confirmam que um dos locais mais sensíveis de Guaraí, quando se trata de violência, é o Terminal Rodoviário. Passou da hora desta situação deixar de ser uma rotina normalizada e ganhar prioridade dentro das políticas públicas locais.

 

Possíveis soluções existem

 

Entre as possíveis soluções, especialistas apontam a necessidade de integração das ações preventivas, educativas e coercitivas. Programas de acolhimento, suporte psicológico e policiamento humanizado poderiam ajudar a reduzir conflitos. Passageiros também sentem falta da presença de equipes de segurança privada, já que elas poderiam ser a primeira linha de defesa do local.