Um estudo divulgado pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), órgão ligado à Escola Nacional de Seguros, mostra que entre janeiro e março deste ano foram registradas 19.398 mortes decorrentes de acidentes de trânsito em todo o país. O levantamento aponta ainda que pelo menos 20 mil feridos graves foram afastados do trabalho por invalidez permanente.

 

Comparáveis a uma guerra, os números constatam uma verdadeira tragédia cotidiana no país. As principais vítimas ainda são homens entre 18 e 65 anos. A economista e coautora do estudo, Natália Oliveira, alerta que os principais fatores associados aos acidentes são a falta de educação, desrespeito às leis, excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.

 

O estudo aponta ainda que a 90% das vítimas, estavam em idade economicamente ativa antes de sofrerem lesões permanentes ou perderem suas vidas. Estimasse que o prejuízo para a economia do país chegue à R$ 96,5 bilhões, valor que corresponde ao montante total que as vítimas poderiam ter produzido se não fossem atingidas nesta fase produtiva de suas vidas.

 

Apesar de estarrecedores, os números da violência no trânsito brasileiro são menores se comparados ao mesmo período do ano passado, especialmente em relação aos casos de invalidez permanente, onde houve redução de 16%. Já em relação ao número de mortes, a estatística mostra um leve aumento de 31 casos, já que no mesmo período de 2017 foram contabilizados 19.367 óbitos.