A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anunciou há poucos dias a disponibilização no mercado das primeiras variedades de pequi sem espinhos. O desenvolvimento do fruto modificado, nativo do Cerrado, ocorreu ao longo dos últimos 25 anos e deve contribuir para a industrialização da cultivar.

 

Os novos materiais, que por enquanto podem ser plantados em pequenos pomares, alinham elevada produtividade e qualidade de polpa, atendendo as necessidades de agroindústrias e de consumidores, favorecendo ainda a mecanização do processo de extração da polpa e o acesso à amêndoa do fruto.

 

 

“Chegamos a esse resultado com muito trabalho, esforço, ciência e tecnologia. Além de não ter espinhos, outra vantagem desta nova espécie de pequi é que a polpa possui sabor mais suave. Certamente vai agradar ao público que rejeita consumir o fruto”, afirma o pesquisador Ailton Pereira, da Embrapa Cerrados.

 

Com o lançamento de variedades sem espinhos, o consumo desse fruto de aroma e sabor marcantes na culinária e cultura regional, em especial nos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal, tende a aumentar, pelo menos esta é a grande expectativa dos envolvidos no seu desenvolvimento.