O número de mulheres presas aumentou 455% no Brasil entre 2000 e 2016. Com aproximadamente 42.355 mil presas, as brasileiras estão na 4ª posição do ranking de população feminina encarcerada do mundo. A informação está em um estudo divulgado pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).

 

O crescimento é ainda mais alarmante quando comparado com as maiores populações carcerárias femininas do mundo: Estados Unidos, China e Rússia. No país norte-americano, por exemplo, o aumento no mesmo período foi de 16%. Na China, chegou a 105% e na Rússia houve redução de 2%.

 

De acordo com a pesquisadora Maria Clara D'Ávila, do Instituto Terra Trabalho e Cidadania, vários fatores levam a esse aumento, entre eles, a falta de atuação do Poder Público para liberar pessoas que já terminaram de cumprir a pena e as prisões provisórias, que ainda aguardam julgamento.

 

Segundo o estudo, cerca de 45% dessas mulheres estão nessa condição e ainda aguardam sentença. Vale lembrar que o crescimento no número de presas leva a outro problema: a superlotação. Enquanto a população de internas chega a 42 mil, as vagas no sistema prisional para elas ficam em torno de 27 mil.