Uma ação impetrada na Justiça pela Defensoria Pública do Tocantins (DPE/TO) de Guaraí, garantiu a internação compulsória de mais um dependente químico nesta semana. É o terceiro pedido aceito pela Justiça Estadual envolvendo residentes do município neste ano, desta vez em favor de um senhor de 44 anos, que há mais de 20 anos faz uso de álcool e outros tipos de entorpecentes.

 

O pedido feito à Justiça foi proposto pelo defensor Adir Pereira Sobrinho, atendendo o clamor da filha do dependente. Segundo ela, o grau de dependência do pai é avançado. Nos últimos meses, ainda segundo a filha, ele vinha agindo de forma agressiva, recusando ajuda, lembrando que ele já passou por tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) de Colinas do Tocantins.

 

A decisão foi cumprida em uma clínica especializada fora do Tocantins, já que o Estado possui apenas clínicas de internação voluntária. Conforme o defensor que atuou no caso, a internação é essencial para a saúde do dependente e da família, que não possui condições para custear as despesas com o tratamento, lembrando que identidade do dependente será preservada nesta matéria.

 

“A internação compulsória é uma medida extrema, utilizada apenas como última alternativa. A Defensoria Pública sempre busca a solução extrajudicial da demanda por este tipo de tratamento de saúde, porém, em razão da falta de respostas e atendimentos, o bloqueio judicial acaba sendo a única alternativa para garantir o direito necessário”, explica o defensor que atua em Guaraí.