Antes de mais nada, Bolsonaro sempre foi comparado com Trump, recebendo até mesmo o apelido de Trump brasileiro. E o Brasil sempre buscou ter um bom relacionamento com os Estados Unidos, principalmente devido ao poder econômico, cultural e político do país mais importante do mundo. Mas ao mesmo tempo, a política externa brasileira ficou em segundo plano, devido à crise interna. Os governos de Dilma e de Temer não tivera grande expressão no exterior, sendo que os seus esforços foram apenas para controlar o que vinha acontecendo dentro do Brasil. Pensando nesses três pontos: economia, cultura e política, vamos avaliar como pode ser esta relação entre o Brasil e Estados Unidos a partir de agora.

 

Relação política entre Brasil e Estados Unidos

 

O Ministério de Relações Exteriores do governo de Bolsonaro quer ser mais nacionalista, mas tem como ponto chave combater o socialismo, tanto internamente como externamente, sendo que vai se afastar de Cuba, Venezuela e Bolívia cada vez mais, deixando-o de uma certa forma mais próximo dos Estados Unidos. Segundo Marco Antonio Villa, comentarista política da Rádio Jovem Pan, a relação entre o Brasil e os Estados Unidos tem que ser de iguais sem um exercer mais ou menos poder sobre o outro, algo que aconteceu ao longo de toda a história entre os dois países. Para Villa, o Brasil tem que se posicionar contra o controle que os Estados Unidos querem exercer em terras brasileiras, fortalecendo seu poder militar e não permitindo que haja uma base militar americana no Brasil. Dessa maneira, politicamente, o Brasil e os Estados Unidos devem se unir como forças iguais em busca de combater um inimigo único: o socialismo.

 

Relação econômica entre Brasil e Estados Unidos

 

O Brasil quer ter uma forte relação comercial com os Estados Unidos, de forma a exportar os seus recursos e de aumentar também a formação de empregos dentro do Brasil. Mas, ao mesmo tempo, não quer que isso prejudique sua relação comercial com outros países, principalmente China e União Europeia. No governo de Bolsonaro, o Ministério do Trabalho foi extinto e vai ser acomodado no Ministério da Justiça de Sérgio Moro. O Brasil também quer se aproximar as leis trabalhistas dos Estados Unidos, de forma a facilitar ao empregador a contratação e ao empregado as chances de conseguir um emprego. Nos Estados Unidos, há um sistema de contratação part-time e full-time, o que seria interessante para o Brasil, de forma a aumentar empregabilidade, assim como ocorre em terras norte-americanas.

 

Relação cultural entre Brasil e Estados Unidos

 

Culturalmente, o Brasil ainda é bastante dependente dos Estados Unidos, já que a nação tem um grande mercado de entretenimento no Brasil. O Brasil é um importante consumidor dos filmes e dos seriados americanos, como também da literatura, sendo que o mercado de livros é mais feito de traduções obras de literatura inglesa, por exemplo, do que de produção nacional. Este poder cultural, o qual excerce efeitos tanto positivos como negativos para sociedade brasileira, não tem grande perspectiva de mudanças, por mais que as produções brasileiras estejam crescendo. Além disso, o governo de Bolsonaro não deixou claro quais serão suas propostas para a cultura do país.