Um estudo elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta segunda-feira (22/10), mostra que o desempenho da economia nos últimos dez anos impactou de forma significativa o mercado de trabalho formal no Brasil. A pesquisa analisou as 20 profissões que mais geraram e perderam postos de trabalho entre os anos de 2007 e 2017.

 

Segundo Fabio Bentes, chefe da divisão econômica da CNC, nos últimos 10 anos o contingente de trabalhadores celetistas que possuem nível superior completo ou incompleto aumentou 62,6%. Em contrapartida, o avanço na geração de oportunidades de trabalho para este público aumentou apenas 23,1%, ou seja, há mais trabalhadores qualificados e menos ofertas de vagas.

 

Outra constatação do estudo mostra que profissionais empregados com níveis inferiores de qualificação perderam postos de trabalho, especialmente nas vagas onde o avanço tecnológico foi maior. Em 2007 16,3 milhões trabalhadores não tinham mais do que o nível médio incompleto (43,5% do total). Dez anos depois, esses trabalhadores representam 25,5% do mercado (11,8 milhões de pessoas).

 

Dentre as 20 profissões que mais avançaram em 10 anos estão aquelas ligadas à área da saúde e educação, além das relacionadas a serviços de informação e comunicação. Entre as 20 profissões que mais perderam postos de trabalho entre 2007 e 2017 estão aquelas ligadas às áreas da indústria, serviços e comunicação, onde houve avanços significativos em tecnologia.

 

O Estudo tem como base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios Contínua (PNADC) e o Produto Interno Bruto (PIB), ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

20 profissões que mais geraram postos de trabalho no país entre 2007 e 2017:

 


 

20 profissões que mais perderam postos de trabalho no país entre 2007 e 2017: