Por Liliane Pereira de Sousa.
Fui casada por quase 20 anos com um cadeirante e nos divorciamos há algum tempo. Após o fim do relacionamento, conheci outro cadeirante (Claudio Barbosa) e vivemos juntos atualmente, mas muitas pessoas ficam com dúvidas em relação a nossa vida sexual, por isso resolvi escrever este artigo.
Sim, um cadeirante pode ter uma vida sexual normal, tão ativa ou até melhor do que uma pessoa que possua todas as suas funções motoras intactas. Infelizmente muitas pessoas pensam que isso seja impossível, mas perder os movimentos da cintura para baixo não costuma afetar o sexo.
O orgasmo de um cadeirante, dependendo da lesão, pode sofrer alterações, mas nada que não possa ser contornado, afinal, o prazer está vinculado mais ao cérebro do que a medula. Existem pessoas, que mesmo sem lesão, com todo o corpo em funcionamento, não conseguem atingir o êxtase em uma relação.
Posso garantir que a vida sexual de alguém com lesão medular permanece inalterada. Apesar disso, não é apenas de sexo que um relacionamento vive. Nossa sociedade machista e preconceituosa talvez não consiga entender que o amor vence todas as dificuldades, mas espero esclarecer esta duvida com o texto.
---------------------------------------------
Liliane Pereira de Sousa tem 33 anos de idade, atua como microempreendedora na área de comunicação visual, possuindo ainda bacharelando em Contabilidade. E-mail: fariasartesmp@hotmail.com.