Os casos de leishmaniose, doença infecciosa e que pode ser letal em determinadas situações, vem aumentando no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Em Guaraí, conforme dados obtidos junto a Secretaria Municipal de Saúde, 47 pessoas foram infectadas entre os anos de 2017 e 2018, sendo que a maior parte dos diagnósticos (40) são da forma mais agressiva da doença.

 

Causada por um protozoário, a leishmaniose se manifesta de duas formas básicas: a tegumentar, que acomete a pele e a visceral, considerada mais agressiva, que afeta vários órgãos do corpo, incluindo fígado, rins, baço e medula. Trata-se de uma zoonose de evolução crônica, que se não tratada em humanos, pode levar ao óbito em até 90% dos casos, segundo estudos técnicos.

 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a leishmaniose não é transmitida diretamente por animais infectados, mas sim por um mosquito, conhecido como “palha” ou “tatuquira”. Este minúsculo inseto, de cor amarelada, desenvolve-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica, incluindo folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo.

 

No caso de animais infectados, em geral cães e gatos, existem tratamentos que neutralizam os efeitos físicos da doença, porém o protozoário continua ativo no corpo do animal. Por este motivo, o procedimento recomendado é a eutanásia. No caso de humanos, existe tratamento clínico, mas ele também não elimina o protozoário por completo do corpo, apesar de bloquear a transmissão.